O Brasil enfrenta um novo surto de dengue, intensificando a necessidade de conscientização sobre os riscos da doença, incluindo seus impactos menos conhecidos, como a hepatite por dengue. Vamos entender mais sobre os perigos da dengue até o final deste texto.
Efeitos do Vírus da Dengue no Fígado:
O vírus da dengue pode causar inflamação no fígado, resultando em hepatite. Essa inflamação se manifesta através de:
Aumento das enzimas hepáticas: TGO (AST) e TGP (ALT);
Sinais de hepatite: Fadiga, náuseas, vômitos, urina escura e fezes claras;
Risco de insuficiência hepática: Casos graves, especialmente em pacientes com doenças hepáticas pré-existentes.
Fatores de Risco para Hepatite por Dengue:
Infecção por dengue grave: Maior replicação viral e resposta inflamatória intensa;
Comorbidades: Doenças hepáticas pré-existentes, como Gordura no Fígado, Hepatite Auto Imune e Colangite Viral Primária, aumentam a suscetibilidade;
Consumo excessivo de álcool: Potencializa o efeito tóxico do vírus no fígado;
Idade: Idosos e crianças são mais propensos a desenvolver complicações.
Diagnóstico e Monitoramento:
Exames de sangue: Avaliar enzimas hepáticas (TGO/AST e TGP/ALT), bilirrubina, albumina e tempo de protrombina;
Ultrassom abdominal: Visualizar alterações no fígado;
Monitoramento rigoroso: Pacientes com dengue grave e fatores de risco para hepatite.
Tratamento da Hepatite por Dengue:
Medidas de suporte: Repouso, hidratação e nutrição adequada;
Tratamento das complicações: Insuficiência hepática, hemorragia, etc.
Prevenção:
Combate ao mosquito Aedes aegypti: Eliminar criadouros, usar repelentes e telas de proteção;
Vacinação: Vacina contra a dengue é segura e eficaz;
Cuidados com a saúde: Manter hábitos saudáveis para fortalecer o sistema imunológico.
Sobre a Vacina da Dengue:
A vacina contra a Dengue, que está sendo distribuída pelo Ministério da Saúde, é recomendada para pacientes de 4 a 60 anos e estará inicialmente disponível pelo SUS para pacientes de 10 a 14 anos.
Mas se você faz uso de imunossupressores ou é paciente pós transplante, precisa ficar atento.
A vacina é segura, efetiva e possui poucos efeitos colaterais em pacientes imunocomprometidos, mas por conter o vírus atenuado, não pode ser recomendada para pacientes transplantados e que fazem o uso de medicações imunossupressoras por maior risco de complicação da doença.
Tendo em vista esses pontos, é fundamental estarmos atentos aos sintomas, conhecer os fatores de risco e buscar diagnóstico e tratamento precoces. A prevenção, através do combate ao mosquito Aedes aegypti e da vacinação, é fundamental para evitar a doença e suas complicações.
Referências:
Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue
World Health Organization: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/dengue-and-severe-dengue
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