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Foto do escritorDra Patrícia Almeida

A Dengue e o Fígado: Um Perigo Silencioso

mosquito da dengue

O Brasil enfrenta um novo surto de dengue, intensificando a necessidade de conscientização sobre os riscos da doença, incluindo seus impactos menos conhecidos, como a hepatite por dengue. Vamos entender mais sobre os perigos da dengue até o final deste texto.



Efeitos do Vírus da Dengue no Fígado:

O vírus da dengue pode causar inflamação no fígado, resultando em hepatite. Essa inflamação se manifesta através de:

  • Aumento das enzimas hepáticas: TGO (AST) e TGP (ALT);

  • Sinais de hepatite: Fadiga, náuseas, vômitos, urina escura e fezes claras;

  • Risco de insuficiência hepática: Casos graves, especialmente em pacientes com doenças hepáticas pré-existentes.

Fatores de Risco para Hepatite por Dengue:

  • Infecção por dengue grave: Maior replicação viral e resposta inflamatória intensa;

  • Comorbidades: Doenças hepáticas pré-existentes, como Gordura no Fígado, Hepatite Auto Imune e Colangite Viral Primária, aumentam a suscetibilidade;

  • Consumo excessivo de álcool: Potencializa o efeito tóxico do vírus no fígado;

  • Idade: Idosos e crianças são mais propensos a desenvolver complicações.

Diagnóstico e Monitoramento:

  • Exames de sangue: Avaliar enzimas hepáticas (TGO/AST e TGP/ALT), bilirrubina, albumina e tempo de protrombina;

  • Ultrassom abdominal: Visualizar alterações no fígado;

  • Monitoramento rigoroso: Pacientes com dengue grave e fatores de risco para hepatite.

Tratamento da Hepatite por Dengue:

  • Medidas de suporte: Repouso, hidratação e nutrição adequada;

  • Tratamento das complicações: Insuficiência hepática, hemorragia, etc.

Prevenção:

  • Combate ao mosquito Aedes aegypti: Eliminar criadouros, usar repelentes e telas de proteção;

  • Vacinação: Vacina contra a dengue é segura e eficaz;

  • Cuidados com a saúde: Manter hábitos saudáveis para fortalecer o sistema imunológico.

Sobre a Vacina da Dengue: 

A vacina contra a Dengue, que está sendo distribuída pelo Ministério da Saúde, é recomendada para pacientes de 4 a 60 anos e estará inicialmente disponível pelo SUS para pacientes de 10 a 14 anos.

Mas se você faz uso de imunossupressores ou é paciente pós transplante, precisa ficar atento. 

A vacina é segura, efetiva e possui poucos efeitos colaterais em pacientes imunocomprometidos, mas por conter o vírus atenuado, não pode ser recomendada para pacientes transplantados e que fazem o uso de medicações  imunossupressoras por maior risco de complicação da doença. 

Tendo em vista esses pontos, é fundamental estarmos atentos aos sintomas, conhecer os fatores de risco e buscar diagnóstico e tratamento precoces. A prevenção, através do combate ao mosquito Aedes aegypti e da vacinação, é fundamental para evitar a doença e suas complicações.



Referências:

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